NOTÍCIAS
Japão propõe plano para resolver queda da natalidade
08 DE MARçO DE 2023
País com a população mais idosa do mundo, o Japão tem promovido incentivos econômicos para solucionar a queda de natalidade. No ano passado, pela primeira vez em mais de um século, o número de bebês nascidos no Japão ficou abaixo de 800 mil, segundo estimativas oficiais. Na década de 1970, esse número passava de 2 milhões.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, afirmou que o país está prestes a não conseguir funcionar como sociedade devido à baixa histórica na taxa de natalidade. Segundo ele, focar a atenção em políticas relacionadas às crianças e ao cuidado infantil é uma das questões mais urgentes da agenda do país neste ano.
O entendimento do governo japonês é de que é difícil sustentar a economia quando uma parte significativa da população se aposenta. Neste cenário, os serviços de saúde e o sistema previdenciário são sobrecarregados ao máximo, e o número de pessoas em idade ativa diminui.
Conforme os dados do governo, atualmente, a média de filhos de uma mulher japonesa é de 1,3, uma das taxas mais baixas do mundo. Para reverter o cenário, Kishida anunciou que vai dobrar os gastos fiscais do governo destinados a programas que promovem a natalidade por meio do apoio à criação de filhos.
Entre as causas da crise demográfica, estão as desigualdades de gênero no trabalho doméstico e na criação dos filhos, além do aumento do custo de vida no país. Há ainda outros fatores, como a maior participação de mulheres no mercado de trabalho e o pouco tempo para se dedicar à criação dos filhos.
Proposta causa polêmica
As alternativas apresentadas pelo partido do primeiro-ministro japonês incluem ainda a possibilidade de aliviar a dívida estudantil sob a condição de ter filhos. A sugestão do Partido Liberal Democrata – PLD foi alvo de críticas no país.
Em entrevista à rede de TV Asahi, o deputado Masahiko Shibayama, do PLD, afirmou que a medida pretendia apoiar financeiramente as famílias, e não penalizar os lares sem filhos.
Na China
Pesquisas recentes revelam que a China enfrenta cenário similar. Cada vez mais, as mulheres chinesas querem ter apenas um ou nenhum filho.
Conforme um levantamento do Centro de Pesquisa de População e Desenvolvimento da China, a porcentagem de mulheres chinesas que não têm filhos aumentou de 6% em 2015 para 10% em 2020. A taxa total de fecundidade estimada para 2022 é de 1,18 filho por mulher.
A pesquisa também revelou que as mulheres chinesas em idade reprodutiva têm menos intenção de engravidar. A média do número de filhos desejados caiu de 1,76, em 2017, para 1,64 em 2021.
Além de determinar que a fecundidade real é baixa, o levantamento confirmou que os desejos de fecundidade também são baixos. Entre as propostas apresentadas por conselheiros políticos para aumentar a taxa de natalidade do país, estão o apoio a mulheres solteiras para congelar óvulos e a isenção de taxas de mensalidade e livros didáticos do jardim de infância à faculdade.
Um dos principais motivos apresentados pelas mulheres é o alto custo de criar um filho, a competitividade da sociedade chinesa e os impactos negativos na carreira.
Em maio de 2021, o governo chinês introduziu uma política de três filhos em resposta aos resultados do censo de 2020. De acordo com os dados, as mulheres chinesas deram à luz apenas 12 milhões de bebês naquele ano, o menor número de nascimentos desde 1961.
Fonte: IBDFAM
Outras Notícias
Anoreg RS
Lei Federal nº 14.534/23 estabelece o CPF como número suficiente para identificação do cidadão em bancos de dados de serviços públicos
12 de janeiro de 2023
Lei nº 14.534, de 11 de janeiro de 2023, altera as Leis nºs 7.116, de 29 de agosto de 1983, 9.454, de 7 de abril...
Anoreg RS
Código Civil que ‘já nasceu velho’ completa 20 anos à espera de atualização
12 de janeiro de 2023
Lei regula a maior parte das relações privadas, como casamento, contratos e herança
Anoreg RS
XIV Congresso Brasileiro de Direito das Famílias e Sucessões já está com inscrições abertas; participe!
12 de janeiro de 2023
Em outubro, os principais juristas do país estarão reunidos em Belo Horizonte (MG) para a 14ª edição do...
Anoreg RS
CPF como registro único: entenda o que muda com a nova lei
12 de janeiro de 2023
Governos não poderão mais exigir outros números, como o PIS ou o título de eleitor. Lei prevê 12 meses para...
Anoreg RS
Inscrições para audiência sobre sistema eletrônico de registros vão até 15/1
12 de janeiro de 2023
O grupo de trabalho encarregado da elaboração de estudos e propostas de planejamento, implantação e...