NOTÍCIAS
Encontro de corregedores debate melhorias para o serviço cartorário
06 DE OUTUBRO DE 2023
92º ENCOGE
Durante o 92º Encontro do Colégio de Corregedores-Gerais da Justiça (ENCOGE), realizado nos dias 4 e 5 de outubro, em São Luís, foram realizadas oficinas temáticas sobre boas práticas nas áreas cível, criminal, infância e juventude e serviço extrajudicial.
Nesta quinta-feira, 5, durante as oficinas, foram apresentados projetos que alcançaram bons resultados na justiça dos estados, como o “ApadrinhARTE”, exposto pelo Juiz Auxiliar Iberê de Castro (CGJ/SP); “Reengenharia de Demandas Executivas Fiscais”, pelo juiz auxiliar Johnny Clemes (CGJ/RO); e “Virando a página: remição pela Leitura”, pela juíza auxiliar Liz Rezende (CGJ/BA).
A juíza auxiliar Ticiany Maciel Palácio, apresentou a oficina “Governança Multinível da Corregedoria Geral da Justiça do Maranhão no Extrajudicial” com a mediação do juiz Douglas Lima da Guia, coordenador do Núcleo de Governança Fundiária da corregedoria maranhense.
A auxiliar explicou que a governança multinível diz respeito à capacidade de realizar políticas públicas de forma descentralizada e compartilhada entre instituições, nos diversos níveis de governo, com base na coordenação, cooperação e apoio mútuo.
Tecnologia da informação e inteligência artificial
A juíza disse que os serviços prestados pelas varas e cartórios precisam se reinventar e investir em tecnologia da informação, de modo a corresponder à demanda dos usuários por mais eficiência, rapidez e qualidade desses serviços. E, para isso, precisará de estratégias conjuntas do judicial e extrajudicial.
Ticiany Palácio apontou os desafios a serem enfrentados pelos cartórios, como a alta concorrência e a necessidade de adaptação. Nas varas, esses desafios incluem a busca pela comunicação simples em atos judiciais e mais eficiência na solução das ações de execução de dívidas – judiciais ou extrajudiciais.
Segundo a juíza, para alcançar melhores índices nos eixos – “conteúdo”, “imagem” e “relacionamento com a sociedade”, anunciados pela nova gestão do Supremo Tribunal Federal, será preciso investir em tecnologia da informação, no refinamento de dados e na comunicação entre os diversos sistemas em uso na Justiça, bem como desenvolver novas tecnologias.
A juíza demonstrou que em 2022, um processo de regularização fundiária para 600 famílias, demorou 2 anos e meio no Tribunal de Justiça do Maranhão, em 2018. Já este ano, com o auxílio da tecnologia, um processo com o mesmo total de famílias foi realizado em três meses, com o uso da plataforma “REURB BR”.
Propostas para melhoria dos serviços cartorários
A palestrante apontou sugestões para a melhoria dos serviços cartorários: utilizar modelos de inteligência artificial; melhorar a comunicação entre os sistemas processuais; investir em tecnologia da informação; fazer inspeções compartilhadas e adotar políticas públicas para diminuir o analfabetismo digital, dentre outras propostas.
Também recomendou adotar medidas como fazer fluxo processual; instituir o Protesto Online, cooperação técnica com o Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil; adotar, cumprir o Provimento da Certidão de Dívida Judicial (CDJ) e integrar o Fundo Especial do Poder Judiciário com a Central de Protestos (CENPROT).
“Nós apresentamos cinco projetos e algumas preocupações e possibilidades de desenvolvimento de ferramentas tecnológicas, para diminuir a quantidade de execuções cíveis e fiscais no Poder Judiciário”, ressaltou a palestrante.
As oficinas foram mediadas pelos juízes Anderson Sobral Juiz Auxiliar (cível) e Douglas Martins (criminal) e pela juíza Karla Jeane Matos de Carvalho (infância e juventude).
Ao final das oficinas, houve plenária administrativa dos corregedores e corregedoras participantes, para discussão, deliberação e publicação da “Carta de São Luís”, com os enunciados aprovados na reunião.
Fonte: TJMA
Outras Notícias
Anoreg RS
Em última sessão no CNJ, Rosa Weber destaca trabalho para dar voz às minorias e defender a democracia
27 de setembro de 2023
Para a ministra, sua atuação no CNJ possibilitou atuar sobre a realidade como ela é e dar voz, em especial, aos...
Anoreg RS
Artigo – Alienação fiduciária e polêmica sobre extinção de obrigações após segundo leilão obrigatório
27 de setembro de 2023
Ao retomar o imóvel e reintegrá-lo a seu patrimônio, o credor fiduciário deve arcar com as despesas de...
Anoreg RS
Adjudicação compulsória extrajudicial: Para advogado, novas regras são positivas
27 de setembro de 2023
Bernardo Chezzi explicou as principais mudanças trazidas pelo provimento.
Anoreg RS
9º Tabelionato de Notas de Porto Alegre emite Escrituras de Doações de Órgãos em ação itinerante com a Prefeitura Municipal
27 de setembro de 2023
Na ação, os servidores municipais podem declarar formalmente a vontade de ser doador de órgãos, por meio da...
Anoreg RS
Artigo – Vésperas do SERP: uma ideia fora do lugar – Début das entidades registradoras – Parte II – Por Sérgio Jacomino
27 de setembro de 2023
O objetivo destes artigos é iluminar o caminho acidentado que nos conduziu ao SERP, "uma ideia fora do lugar"1.