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Personagens Gaúchos: 60 anos do falecimento do político Antônio Augusto Borges de Medeiros
10 DE DEZEMBRO DE 2021
Borges de Medeiros faleceu em Porto Alegre. Sua certidão de óbito integra o acervo do Registro Civil da 1ª Zona de Porto Alegre
Em sequência ao projeto “Personagens Gaúchos”, neste mês a Associação dos Notários e Registradores do Estado do Rio Grande do Sul (Anoreg/RS) traz detalhes da vida do político gaúcho Antônio Augusto Borges de Medeiros, que neste ano, no dia 25 de abril, completou-se 60 anos do seu falecimento.
Nascido no dia 19 de novembro de 1863, em Caçapava do Sul, no estado do Rio Grande do Sul, Borges de Medeiros é filho de Augusto Cezar de Medeiros e de Michelina Borges de Medeiros. O político tem seu falecimento datado no dia 25 de abril de 1961, às 5h10, com 97 anos de idade. A certidão de óbito está localizada no Registro Civil da 1ª Zona de Porto Alegre. No documento, a causa da morte: carcinoma do brônquio esquerdo. Borges de Medeiros faleceu em sua residência, na Rua Duque de Caxias, no centro histórico de Porto Alegre.
O professor e historiador, doutor em história pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Rodrigo Luis dos Santos, destaca a importância do documento de óbito como registro da história. “Embora, do ponto de vista das emoções, os documentos relacionados com a morte de uma pessoa – atestados de óbito, testamentos, inventários – tragam uma carga de tristeza, ele é uma fonte de pesquisa histórica importante. Podemos citar alguns exemplos dessa importância: para aqueles que pesquisam no campo da História da Saúde e das Doenças, verificar esses registros é importante para formar um panorama de possíveis epidemias que ocorreram em determinado momento histórico, a partir das doenças e causas que levaram à essas mortes. Ou para os aficionados por genealogias e histórias familiares, esses registros podem auxiliar na montagem do quebra-cabeça de parentescos – ou árvores genealógicas. Então, esses documentos de falecimento ajudam a entender não apenas a vida de uma pessoa, mas também colaboram para entender o contexto social, a época em que essas mulheres e esses homens viveram”.
O político
Borges de Medeiros iniciou seus estudos como advogado na Faculdade de Direito de São Paulo, em 1881. Em 1885, bacharelou-se na Faculdade de Direito de Recife, para onde havia se transferido em 1884. Logo após, retornou ao Rio Grande do Sul para exercer a advocacia no município de Cachoeira do Sul, onde se tornou o chefe local do Partido Republicano Rio-Grandense (PRR). Em 1889, com a Proclamação da República, foi nomeado delegado de polícia da cidade e, em 1890, integrou a bancada gaúcha na Assembleia Nacional Constituinte de 1890/1891.
Em 1898, foi indicado por Júlio de Castilhos para sucedê-lo na chefia do governo estadual. “A figura de Antônio Augusto Borges de Medeiros é importante não apenas por ter sido o governante que mais tempo ocupou a chefia do Executivo estadual – em dois períodos: entre 1898 e 1908 e entre 1913 e 1928. Sua relevância também está no fato de ele ter desenvolvido uma forma de fazer política que marcou o Rio Grande do Sul durante a primeira metade do século XX. Não só o nosso estado, mas influenciou até mesmo em nível federal, quando Getúlio Vargas chegou ao poder, a partir de 1930, tendo em vista que Getúlio era do mesmo partido e uma espécie de “discípulo” de Borges”, destacou Rodrigo.
Já em 1934, no mês de julho, concorreu à presidência da República na eleição indireta realizada pela Assembleia Nacional Constituinte, sendo o segundo mais votado com 59 votos contra os 175 dado ao vencedor, Getúlio Vargas. Na sequência, elegeu-se deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Foi cassado em 1937 pelo golpe do Estado Novo, decretado por Getúlio Vargas, quando afastou-se da vida política.
Entre as observações e averbações da certidão de óbito de Borges de Medeiros, constam as informações de que era viúvo de Carlinda Borges de Medeiros. O político era ainda ruralista e deixou bens.
Como característica de sua vida pessoal, o historiador Rodrigo aponta que “em 1889, Borges de Medeiros se casou com Carlinda Gonçalves Borges, sua prima. Não tiveram filhos biológicos, mas o casal adotou a menina Dejanira Medeiros Saldanha, sobrinha de Borges. Dejanira se casou com Sinval Saldanha, que foi vice-intendente de Porto Alegre, secretário pessoal de Borges de Medeiros”.
Quer participar?
Os cartórios interessados em participar do projeto podem compartilhar sugestões de nomes de personalidades gaúchas marcantes que estão registradas em suas serventias, enviando um e-mail para imprensa@anoregrs.org.br. Com as informações iniciais, a equipe de Comunicação da Anoreg/RS retornará o contato para dar continuidade à produção da reportagem.
Fonte: Assessoria de Comunicação – Anoreg/RS
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